Pesquisar este blog

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Como o Homem deve cuidar de sua esposa.






Em um momento em que os divórcios estão em alta e mais casamentos estão falindo, também é difícil encontrar casais Muçulmanos felizes. Mais e mais jovens muçulmanos se encontram afligidos pela fitnah de ser mais fácil cometer zina (adultério) do que se casar. Também, uma vez casados, eles encaram a fitnah da facilidade de cair em impulsos casuais pelo telefone ou internet, ao invés de manter uma ligação conjugal duradoura.



Pedidos foram feitos por irmãos Muçulmanos que leram meu artigo "Como Guardar a Honra de Seu Marido Sendo Uma Esposa Muçulmana", me pedindo para escrever um artigo detalhando as coisas importantes que os homens Muçulmanos deveriam fazer como deveres e obrigações em relação a suas esposas. Abaixo, entretanto, há uma lista de coisas para que o homem Muçulmano se lembre quando lidando com suas esposas. Um lembrete importante: estas dicas estão sendo sugeridas enquanto se tem em mente os perigos e riscos específicos que pessoas casadas podem encarar, como um casal, nos dias de hoje. Os casamentos hoje devem estar protegidos suficientemente contra os ataques da fitnah.


Sempre imite o comportamento do Propheta Muhammad [صلی اللہ علیہ وسلم] e suas esposas:


Allah diz no Qur'an: [33.21] Realmente, tendes no Mensageiro de Deus um excelente exemplo para aqueles que esperam contemplar Deus, deparar-se com o Dia do Juízo Final, e invocam Deus freqüentemente.


O Profeta Muhammad [صلی اللہ علیہ وسلم] deixava passar as falhas de suas esposas e tolerava seus comportamentos irracionais. Os livros de ahadith estão repletos de exemplos de como ele ignorava o que não gostava sobre as ações delas, com um sorriso e um silêncio paciente. Uma vez, quando ele ficou muito bravo com todas elas, ele deixou a companhia delas e resolveu não falar com elas por um mês.


Ao invés de gritar ou repreender sua esposa verbalmente por todo erro dela, somente ignore-a. Se ela brigar com você ou for irracional, você pode sempre sair do quarto e não responder, a qual é a melhor estratégia. Quando você ignorá-la por algum tempo, ela irá voluntariamente abandonar o comportamento que lhe aborreceu.


Trate-a com respeito, especialmente durante a intimidade:


Gratificação sexual é a primeira razão pela quais homens se casam, e eles comentem sérios erros logo no começo, o qual causa os maiores estragos no relacionamento conjugal. Homens Muçulmanos devem temer a Allah em relação a como eles lidam com suas esposas durante a intimidade.


Narrado Jabir Bin Abdullah [que Allah esteja satisfeito com ele], "O Profeta [صلی اللہ علیہ وسلم] não permitia relação sexual antes de acariciar (a esposa)." [Abu Dawood]


É um triste fato que hoje em dia, quando um homem se casa, ele já tenha visto um monte de pornografias e imagens sexuais de todas as maneiras, uma cortesia das diferentes formas de mídia disponíveis para que ele satisfaça sua curiosidade, o que envenena sua mente sobre como tratar sua mulher, muito antes de ele chegar a trazer uma esposa para casa.


Oh Irmão Muçulmano! Aquela garota inocente que você leva para casa não tem nada a ver com aquela ninfa ardente que você viu na TV - ela é vulnerável, inocente e assustada. Então seja gentil e faça com que ela relaxe, e não cause nenhum dano irreparável sendo apressado. No Islam, a mulher é uma jóia - uma gema, a qual dever ser cuidada e tratada com dignidade e respeito.


Imam al-Daylami [que Allah seja piedoso com ele] recorda uma narração na authoridade de Anas ibn Malik [que Allah esteja satisfeito com ele] que o Mensageiro de Allah [صلی اللہ علیہ وسلم] disse: "Vocês não devem satisfazer suas necessidades (sexuais) com suas esposas como um animal, ao invés, deve haver entre eles (marido e mulher) brincadeiras de beijos e palavras."


[Musnad Al-Firdaws of Al-Daylami, 2/55]


O bom marido Muçulmano deveria, então, esquecer das políticas de marketing de Hugh Hefner, a industria dirigida pela testosterona e se focar nos conselhos do Profeta Muhammad [صلی اللہ علیہ وسلم]. Filmes e livros de romance não são fontes as quais devem se tirar instruções para a intimidade. Também, como Muçulmano você deveria aprender a respeitar as mulheres em geral, antes de se casar.


Lembre-se que quando uma prostituta veio perguntar o Mensageiro de Allah [صلی اللہ علیہ وسلم] por ajuda financeira, ele a ajudou e não a tratou com desrespeito. E você? Houve momentos em que você viu ou encontrou uma mulher que o tentou e você pensou: "prostituta" ou "mulher da vida"? Você alguma vez usou mentalmente ou verbalmente palavras abusivas, como "vagabunda" para qualquer mulher? Você acredita, devido a sua bagagem cultural, que mulheres são hereditariamente más/amaldiçoadas; que Eva tentou Adão a comer do fruto proibido, que mulheres devem ser trancadas dentro de casa pois elas levam os homens para o mal caminho quando elas saem? Você acredita que mulheres são inferiores aos homens? Você acredita que as mulheres são a causa primeira da decadência e do pecado? Você grita com sua mãe e irmã por não lhe servir o café ou comida quando você pede? Se sim, você realmente precisa mudar seu pensamento e atitudes em relação às mulheres antes de você entrar em um casamento, porque um homem que tenha realmente compreendido a essência dos ensinamentos Islâmicos em relação ao tratamento as mulheres, nunca, de maneira alguma responder as perguntas acima com uma afirmativa. E se ele o fizer, é muito provável que ele irá desrespeitar sua esposa e não será apto a mantê-la feliz.


Mantenha o asseio pessoal e higiene:


Uma vez a cada duas semanas, apare, raspe ou corte qualquer coisa q cresça em seu corpo. Mantenha seu cabelo e barba lavada e penteado - cheirando bem e parecendo limpo.


Use o siwak, fio dental, pasta de dente, spray de hálito ou anti-séptico bucal para manter a higiene oral. Tome banho diariamente e use desodorante ou outras fragrâncias para cheirar bem em casa, não somente para Jummah ou Eid.


Lembre-se que fazer isto tudo é sunnah (modos) do Profeta Muhammad [صلی اللہ علیہ وسلم], que abominava qualquer tipo de mau-cheiro do corpo (boca, axilas ou pés) emanando de si mesmo. Vista as cores e estilos de roupas que sua esposa prefira se o Islam os permitir


Sua esposa é sua consultora, não sua ajudante ou escrava:


A primeira qualidade que os homens Muçulmanos procuram em uma esposa apos a beleza e atração física é que ela deve ser obediente e servil, e que ela faça suas tarefas sem ter que ser mandadas, exemplo: passar a roupa, cozinhar as refeições ou lavar a roupa.


Entretanto, é fato que existe uma diferença de opiniões entre os acadêmicos Islâmicos em relação a se é obrigatório ou preferível que uma mulher sirva seu marido. A maioria declara que isto seja louvável, mas não obrigatório, mesmo assim, as maiorias das mulheres Muçulmanas fazem seu trabalho doméstico alegremente sem serem ordenadas a tal.


O Profeta Muhammad [صلی اللہ علیہ وسلم] fazia suas tarefas pessoais, e nós não sabemos de nenhum hadith no qual suas esposas o serviam elaboradamente. Sendo assim, o bom marido Muçulmano verdadeiramente aprecia o trabalho que sua esposa faz na casa. Se ela esquece algo, ele releva e se mantém em silêncio. Ele também a consulta em assuntos importantes antes de tomar decisões finais, exemplo: dar nomes aos filhos, mudar de emprego, fazer um investimento, sair de viagem, algum membro de sua família se mudar para dentro de sua casa, ou mesmo pequenos assuntos como o que ela gostaria de pedir no restaurante. Ele nunca ignora o que ela diz nestes assuntos.


Tome conta dela durante a gravidez e a amamentação:


Homens solteiros normalmente não têm idéia da tremenda dor física que Allah decretou para as filhas de Adão. Eles descobrem isto depois do casamento, quando eles testemunham suas esposas passando por cólicas menstruais todos os meses ou os percalços da gravidez, parto e amamentação. Isto deve aumentar o respeito deles pelas mulheres em geral.


Entretanto, alguns homens Muçulmanos casados ficam fora até mais tarde com os amigos, nos clubes, restaurantes, jogos ou cinema, enquanto suas esposas grávidas ou recém-mamães ficam em casa com o bebê. Eles entregam a responsabilidade de tomar conta delas para suas mães ou irmãs. Este comportamento é inapropriado, e isto causará o desenvolvimento de um sentimento ruim no coração de sua esposa.


O bom marido Muçulmano oferece apoio extra moral e físico para sua esposa durante estas fases difíceis de sua vida. Não sinta seu ego inflado porque você tem que dar uma mamadeira ou ninar o seu filho enquanto sua esposa cuida de um de seus filhos mais velhos ou cuide de suas necessidades genuínas. O marido Muçulmano é passional e um pai ativo; e este atributo faz com que sua esposa o ame ainda mais!


Ajude-a no serviço de casa:


Lavar a louça ocasionalmente, passar o aspirador de pó ou fazer o seu próprio café ou chá (especialmente se sua esposa ainda estiver dormindo), ou preparar uma refeição rápida irá fazer com que sua esposa o aprecie ainda mais e o amor por você no coração dela, crescer.


Ao contrário do que a cultura Asiática diz um homem não se torna afeminado por fazer algum serviço da casa. Ele, na verdade, se torna muito mais atraente aos olhos da esposa.


Isto sem mencionar que as compras de final de semana ou levar sua esposa ao médico consertar o cifão da pia ou cortar a grama deve ser feitos por você.


Elogie os pequenos gestos dela ou boas maneiras abertamente, especialmente em frente a sua família:


Precisa-se de apenas três pequenas palavras para elogiar sua esposa, e isto não precisa ser todos os dias, mas causará um enorme impacto na sua relação com ela. Estas três palavras podem ser: "Isto está delicioso" ou "Você está bonita". Também, se você a elogiar com moderação em frente a sua família, mesmo se ela não está lá, isto seria uma sadaqah da sua parte. Só não faça isto muito, pois muitos elogios podem ter um efeito negativo.


Lembre-se que sua esposa irá envelhecer e que a beleza dela vai desaparecer:


Os homens foram programados por Allah para desejar a beleza em uma mulher. Entretanto, um Muçulmano sábio, sabe que assim como tudo que brilha neste mundo, a beleza de sua esposa (ou de qualquer outra mulher), é temporária. Então, ele foca mais nas características duradouras dela.


Allah diz no Qur'an:


E harmonizai-vos entre elas, pois se as menosprezardes, podereis estar depreciando seres que Deus dotou de muitas virtudes." [Qur'an - 4: 19]


A maioria dos homens deseja crianmas; mas, eles logo testemunham que ter filhos faz com que suas esposas saiam de forma. Um bom marido Muçulmano então se lembra de que a beleza é de importância secundária, especialmente quando Shaytaan faz com que mulheres non-mahram pareçam mais atraentes a ele. Ele se lembra que o único prazer permanente de se manter eternamente bela é reservado as pessoas corretas no Paraíso, e esta existência neste mundo são temporárias, e cheias de ilusões do Shaytaan.


Não olhe para outras mulheres:


Se você quiser fazer do seu casamento um verdadeiro sucesso e um paraíso de amor e compaixão, você deveria seguir o conselho do Profeta Muhammad [صلی اللہ علیہ وسلم] no hadith abaixo:


Jareer ibn ‘Abdullah disse: "Eu perguntei ao Mensageiro de Allah [صلی اللہ علیہ وسلم] sobre olhar acidentalmente para uma mulher. Ele me comandou que olhasse para o outro lado." [Al-Tirmidhi]


O Menssageirpo de Allah [صلی اللہ علیہ وسلم] disse: "O Ali [seu primo], você não sobrepõe um olhar a outro, pois você será perdoado pelo primeiro, mas não pelo segundo." [Al-Tirmidhi: 2701]


Então, não fique por aí com homens que encaram, flertam e comentam sobre os corpos das mulheres, ou que tem uma fila de amigas, ou que regularmente estão em festas (onde se encontram homens e mulheres). Restrinja todos os tipos de conversas com mulheres ao mínimo necessário, mesmo no trabalho, ou na Internet, ou no seu celular. Trate-as como se fossem relações de negócios, devido à necessidade.


Parece entediante? Bem, você não pode ser um bom Muçulmano ao menos que você treine para obedecer ao Profeta [صلی اللہ علیہ وسلم], mesmo que isto vá contra seus desejos básicos. E ser um bom marido Muçulmano só pode ser possível se você for um bom Muçulmano primeiro.


Não use o Qur'an e ahadith para estabelecer sua autoridade:


É muito comum para os homens Muçulmanos relembrar suas esposas nos primeiros dias após o casamento, dos versos do Alcorão e dos ahadith que declaram sua superioridade e direitos especiais sobre ela. Os lembretes mais comuns são: o direito do marido de ter até quatro esposas, sem o consentimento de sua primeira esposa; o hadith de que se a prostração fosse permitida para outro que senão Allah, que a mulher Muçulmana seria comandada a se prostrar para seu marido; o fato de que o Islam dá ao marido o direito exclusivo de pedir o divórcio verbalmente, chamá-la para a intimidade em qualquer momento inoportuno, ou restringir os movimentos dela fora da casa, mesmo que se para uma visita aos parentes de sangue dela.


Muitas mulheres Muçulmanas que conheço foram ordenadas por seus maridos a permanecer em casa e que elas somente poderiam visitar seus parentes em determinados dias do mês, e que elas não poderiam trabalhar ou estudar é claro, mesmo se elas estivessem envolvidas em trabalho de Da'wah ou educação religiosa, somente uma ou duas vezes por semana.


Qual impacto esta ação - de lembrar sua esposa sobre seus direitos superiores - tem na inocente e bem intencionada garota Muçulmana que acabou de chegar a sua casa? O que ela pensará de você, se você disser estas coisas para ela? O que implicará a você, como pessoa, dizer tais coisas? Definitivamente, que você, como homem, é inseguro, e está utilizando do seu direito Islâmico como uma tentativa deficiente de estabelecer sua autoridade sobre ela. Um homem que é autoconfiante e reto nunca usará este método inapropriado para tentar obscurecer e dominar sua esposa. Ele não se sente inseguro em seu status de marido; ele não pensa que a única maneira de "tê-la toda somente para ele" é prendê-la em casa, fazendo-a servi-lo como um mordomo.


Portanto, um bom marido Muçulmano, não deveria nunca lembrar sua esposa de seu status superior, ao menos que ela persistentemente desobedecê-lo e que faça ações proibidas por Allah. A melhor maneira de fazê-la obedecer é deixá-la ter tudo o que ela quer - dentre os limites do Islam, é claro - e focar em dar a ela, os direitos dela, acima do que ela merece. Ela irá automaticamente se tornar uma esposa devotada, leal e obediente que você quer que ela seja.


A Aderência da sua esposa às obrigações religiosas e educação dela é sua responsabilidade:


Após anos de casamento, eventualmente chega um tempo que a maioria dos maridos Muçulmanos não tem idéia de como sua esposa passa o dia. Não os incomoda saber que suas esposas entediadas fofocam por horas no telefone, assistem filmes e televisão excessivamente, ou perdem tempo olhando vitrines, participando de chás da tarde ou lanchinhos, ou indo do shopping para a costureira para buscar sua nova roupa que está pronta.


Um bom marido Muçulmano está alerta de que a educação religiosa e secular de sua esposa é responsabilidade dele. Ele sabe que Allah irá questioná-lo sobre isto, então ele luta para ter certeza de que sua mulher ganha conhecimento do Quran e participa de sermões, halaqah's, seminários ou workshops para ganhar conhecimento do Islam. Ele também gasta na educação secular dela, se ela quiser ter uma graduação.


É imperativo que o marido faça com que sua esposa realize suas obrigações no Islam, utilizando de lembretes gentis e arranjando para a educação dela no Islam. Ele deve garantir que ela faça as cinco orações do dia dentro da hora, jejue durante o Ramadan, pague o zakaah do ouro/prata/dinheiro que ela tiver, e vista roupas modestas com hijab na frente dos homens. Ela deve também aprender como recitar o Quran apropriadamente, e treinar e programar os princípios essenciais da construção do caráter Islâmico na criação dos filhos.


Mantenha o ciúme desnecessário em cheque:


Um ponto a se notar é que estar preocupado sobre as atividades da esposa e dos seus passatempos não justifica espioná-la ou ser desnecessariamente desconfiado, arrogante e intrometido nos assuntos dela. Deixe-a ter uma vida produtiva e intelectualizada durante o dia. O seu trabalho é completar sua responsabilidade da construção do caráter religioso dela, mas faça isto lidando com ela da forma mais bela possível.


Suspeitar de sua esposa estar exibindo sua beleza ou flertando com outros homens se nenhuma evidência de crédito é um dos piores atos morais. O ciúme patológico é uma doença que destrói o amor entre marido e esposa. Não confunda louvável "ghiyarah" [protecionismo contra o mal de cair em pecado] que os homens Muçulmanos deveriam possuir por sua família, com o ciúme venenoso. Lembre-se que difamar uma mulher casta em qualquer maneira, é um grave pecado que incorre na ira de Allah.


Mantenha a privacidade dela perante sua família:


A maioria dos maridos não podem provêr acomodações separadas de sua família durante os primeiros anos de casamento, mesmo este sendo um direito da esposa (especialmente quando ela vem de uma família mais dotada), necessitando viver com a família do marido na mesma casa, por alguns anos.


Um bom marido Muçulmano deveria gerenciar as coisas de maneira tal que tenha negociações diplomáticas com todos na casa, para que a privacidade de sua esposa seja mantida. Isto é especialmente importante se os irmãos dele, tios, primos, e empregados habitam livremente pela casa, freqüentando a mesma cozinha e sala de estar. Muitas famílias trazem suas noras para casa após o casamento, sem se dar conta que daquele ponto em diante, medidas apropriadas devem ser observadas para seguir o que o Profeta Muhammad [صلی اللہ علیہ وسلم] aconselhou:


Foi narrado por Uqbah Bin Amir [que Allah esteja satisfeito com ele] que o Mensageiro de Allah [صلی اللہ علیہ وسلم] disse, "Cuidado ao entrar em recinto com mulheres." Um homem dos Ansar disse "O Menssageiro de Allah! E os agregados?" E ele disse, "Os agregados são a morte.”


[Sahih Al-Bukhari, Sahih Muslim]


Este hadith mostra quão cuidadoso o marido Muçulmano deveria ser sobre seus parentes do sexo masculino entrando em recinto onde está sua mulher, especialmente no espaço privativo dela (assim como o quarto dela). Você como marido, pode garantir o seguinte:


Peça para sua família não entrar nos cômodos de sua mulher ao menos que ela aprove. Ex: quando ela estiver deitada ou quando ela fecha a porta.


Peça para seus irmãos não andarem do lado de fora do quarto dela próximo à porta.


Ninguém deve investigar os armários ou a bolsa dela ao menos que ela aprove.


Ela não deve ser deliberadamente escutada quando está falando ao telefone com alguém.


Se ela foi a algum lugar com sua permissão, todas as outras pessoas na casa Não precisam saber onde ela foi e por quanto tempo.


A roupa para lavar dela, deve ser pendurada em um local onde seus parentes do sexo masculino não têm acesso, para que as roupas íntimas dela não fiquem expostas.


Algumas vezes vocês devem fazer refeições em privacidade com você, aonde ela irá se sentir confortável. Note que estudiosos do Islam opinam que o marido não pode forçar sua esposa a fazer todas as refeições com a família do marido. Se ela o faz de bom grado, é louvável e recomendado.


E finalmente, não revele os segredos dela ou assuntos pessoais para os membros de sua família. Se eles perguntarem muitas coisas, deixe claro educadamente que este tipo de comportamento inquisidor não é correto.


Respeite a família dela:


Nunca degrade ou diminua desnecessariamente nenhum dos parentes dela, apontando os erros deles ou fazendo piadas sobre eles. Se alguém da família dela não está sendo razoável, interferindo nos seus assuntos ou intimidando-a contra você, você pode intervir e interromper esta ação. Mas, sempre seja educado e respeitoso para com eles.


Não fique de braços cruzados e mudo se membros de sua família oprimem sua esposa:


A sogra faz com que a grávida cansada asse o pão no forno quente, enquanto o marido se se senta à mesa do jantar, esperando juntamente com o resto da família. A nora adoentada tem que trazer a pesada cesta de roupa suja enquanto geme de dor, mas o marido senta-se com sua família assistindo TV. A tia do marido vem para uma visita e constantemente critica os dotes culinários de sua esposa na frente dele, mas ele finge que não ouve.


Com que freqüência você vê este cenário nos lares, acontecerem? O que um bom marido Muçulmano deve fazer?


Ele deveria silenciosamente levantar-se e ajudá-la, educadamente dizer algo na defesa dela, ou pedir para que ela pare e ele mesmo retomar o trabalho. Eu garanto que a família dele pode até não gostar da ação dele, e eles esperam que a esposa recuse a ajuda dele, mas o marido e a esposa devem se unir como um time. Eventualmente a mensagem será entendida, e os agregados saberão que a esposa dele não é uma servente, mas um membro da família que deve importar como qualquer outro.


Dispense a TV nas noites de semana:


O marido Muçulmano médio passa mais tempo dando atenção para a TV ou laptop do que para sua esposa. Sim, as esposas irritam. Sim, elas estão cheias de reclamações quando você chega do trabalho e você prefere se deitar no sofá e assistir ao seu programa favorito e um café do que o monólogo entediante dela. Entretanto, mantenha em mente que isto terá um efeito deteriorante em seu casamento. O casamento, como sua carreira, precisa do seu tempo, atenção séria e trabalho. Ele não cresce e floresce sozinho.


Dispensar a TV completamente tem tido enorme efeito positivo nos lares, e nem todos estes lares são Muçulmanos. As pessoas têm testemunhado que ficam mais produtivas depois que expulsaram a TV para fora de seus lares, encontrando mais tempo para suas famílias e si mesmo, além de diversão e atividades ao ar livre.


Se você não pode remover a TV de sua casa, pelo menos você pode tirá-la de seu quarto! Você verá o impacto positivo disto no seu relacionamento conjugal, insha'Allah. Também, se sua casa tem vários aparelhos de TV, reduza para apenas um, e mantenha-o na sala. Nunca tenha sua refeição enquanto assiste TV.


Mantenha-se longe de ambas - a extravagância e a avareza:


Não é raro que os maridos se rendam ás demandas desnecessárias de suas esposas - férias caras ao exterior, roupas, jóias, um carro novo ou uma casa maior. Alguns chegam ao ponto de relinquish suas próprias famílias financeiramente, porque as demandas de sua esposa são as primeiras a serem contempladas. No outro extremo, nós testemunhamos homens Muçulmanos que somente ouvem seus pais sobre como gastar seu dinheiro, e realizar todos os pedidos deles, dando dinheiro para todos os membros da família até os mais distantes, mas mantendo sua esposa e filhos em um pequeno quarto por anos e anos sem fim, provendo pra eles somente o mínimo necessário para sustentá-los.


O bom marido Muçulmano paga o dote para sua esposa (Mahr) em sua totalidade, na manhã seguinte que ela chega a sua casa. Ele o entrega a ela para gastar como ela quiser, não para o pai dela ou qualquer outro parente dela. Também, ele mantém um equilíbrio delicado entre gastar com sua esposa, filhos, pais e outros parentes. Ele não se afunda em demandas desnecessárias de nenhum deles, e sempre teme a Allah ao garantir que preencha todas as responsabilidades do provimento adequado para todos os membros de sua família.


Lembre-se que a costela é torta:


Finalmente, o bom marido Muçulmano deve ter em mente que as mulheres do mundo têm suas falhas - elas são, algumas vezes, estranhas, emotivas, irracionais, mal-humoradas, de língua afiada, ingênuas, inclinadas a fofoca. Elas têm dois hormônios fluindo em seus corpos, em resultado há o humor e sentimentos dançando entre extremos, como um pêndulo. Ature sey comportamento irracional - as acusações injustas, a suspeita, as reclamações, o choro, os gritos - por Allah. Lembre-se que Allah a fez desta maneira - ela é linda de se olhar; você não pode viver sem a companhia dela; a casa parece desolada quando ela parte; mas quando ela está com você, ela irá demonstrar seus lados negativos também. Seja paciente e ignore-os.


Narrado por Abu Hurairah [que Allah esteja satisfeito com ele], O Mensageiro de Allah [صلی اللہ علیہ وسلم] disse:


“A mulher foi criada de uma costela torta. Se você quer apreciá-la, faça-o enquanto ela ainda está torta, pois se você tentar endireitá-la você irá quebrá-la."


[Sahih Al-Bukhari, Sahih Muslim]







segunda-feira, 19 de julho de 2010

Por que a mulher muçulmana não pode casar com um homem não-muçulmano?


É ilícito para uma mulher Muçulmana casar-se com um homem não-Muçulmano, independente dele ser ou não do Povo do Livro? Nós já citamos o versículo de Deus, o Altíssimo:

" Não desposareis as idólatras até que elas se tenham convertido." (Alcorão Sagrado 2:221)


E Ele disse a respeito das mulheres Muçulmanas imigrantes:

" Porém, se as julgardes crentes, não as restituais aos incrédulos, porquanto elas não lhes cabem por direito, nem eles a elas." (Alcorão Sagrado 60:10)


Não existe nenhum texto que conceda exceção ao Povo do Livro, portanto, com base nos versículos acima, há um consenso entre Muçulmanos quanto a esta proibição.

Assim, enquanto que se permite que um homem Muçulmano case com uma mulher cristã ou judia, não se permite que uma mulher Muçulmana se case com um homem cristão ou judeu. Há muitas razões firmes para esta diferença. Primeiro, o homem é o cabeça do casal, aquele que mantém a família, e é responsável por sua esposa. E enquanto que o Islam garante a liberdade de crença e prática à esposa cristã ou judia de um Muçulmano, salvaguardando os direitos dela para com a sua fé, outras religiões, tais como o judaísmo e o cristianismo, não garantem à esposa de uma fé diferente a liberdade de crença e prática, nem lhe resguardam seus direitos. Sendo este o caso, como pode o Islam arriscar o futuro das suas filhas, empregando-as nas mãos de gente que nem respeita a religião dela nem se preocupam em proteger os direitos dela?

O casamento entre um homem e uma mulher de crença diferente pode se basear somente no respeito pelo marido à crença da sua esposa; em caso contrário, não se poderá desenvolver um bom relacionamento. Já o Muçulmano acredita que tanto o judaísmo como cristianismo originaram-se da revelação divina, apesar de lhes serem introduzidas distorções posteriores. Ele também acredita que Deus revelou a Torá a Moisés e o Evangelho a Jesus e que tanto Moisés com Jesus foram dentre os mensageiros de Deus que se distinguiram por sua imperturbável determinação.(*) Dessa forma, a esposa cristã ou judia de um Muçulmano vive sob a proteção de um homem que respeita os princípios básicos de sua fé, sua escritura, e seus profetas, enquanto que, inversamente a isto, o judeu e o cristão não reconhecem nem a origem divina do Islam, do seu Livro, ou o seu Profeta. Como poderia então uma mulher Muçulmana conviver com um tal homem, quando a religião dela lhe exige a obediência de certos proibição? Seria impossível para uma mulher Muçulmana conservar o respeito pelas suas crenças bem como praticar a sua religião corretamente se ela fosse contrariada nesse sentido pelo senhor da casa a cada passo.
Compreender-se daí que o Islam é coerente com ele mesmo ao proibir ao homem Muçulmano de casar com uma mulher idólatra, pois sendo o Islam absolutamente contra o politeísmo, seria evidentemente impossível a duas tais pessoas conviverem juntas com harmonia e amor.



(*)Torá é a escritura original revelada ao Profeta Moisés por Deus, o Evangelho ao Profeta Jesus. Não se deve confundir estas com a Torá ou Velho Testamento ou os Quatro Evangelhos do Novo Testamento hoje existente.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

1 - A MULHER NO ISLAM

Tudo que não faz parte da nossa realidade imediata tende a nos assustar e a ser objeto de nossa rejeição. Raríssimas vezes nos detemos nas questões que nos escapam e, por isso mesmo, fazemos julgamentos apressados, superficiais, e incorporamos conceitos, sempre carregados de preconceitos, porque não buscamos a verdade dos fatos.
''Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com ela convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Pôr certo que nisto há sinais para os sensatos.'' (30:21)
Nos dias atuais, onde tantas questões polêmicas nos são colocadas diariamente, onde mal temos tempo de digerir o noticiário, tal a rapidez com que as coisas acontecem no mundo, vamos estabelecendo nossos julgamentos e entendimentos em bases que carecem de uma análise mais profunda.
Assim pode ser vista a questão da mulher no Islam, onde preconceitos e falsas informações estão disseminados de tal forma que ocupam o imaginário dos não muçulmanos, estereotipando essas mulheres, transformando-as em personagens que não necessariamente correspondem à realidade.
“O Islam é fanatismo. O Islam é terrorismo. O Islam é atraso. O Islam oprime e submete a mulher.” Isto é o que se ouve freqüentemente nas grandes mídias.
Mas, o que é o Islam? Como o Islam trata realmente a questão dos sexos? Qual é o papel da mulher muçulmana numa sociedade islâmica?
Ao falar sobre a mulher no Islam, como ela é vista, qual a sua função, qual o seu papel, quais os seus direitos e deveres, seria interessante se comparássemos estas duas distintas realidades - o Islam sendo visto através de outras culturas, outras religiões; demonstrando quais os seus direitos e deveres, quais as suas conquistas, enfim, devemos considerar todos os aspectos, sejam sociais, políticos, econômicos, éticos ou morais e não simplesmente, nos determos em aspectos culturais isolados.
Por isso, nada melhor do que enfocar A mulher no Islam, levando em conta essa mesma condição no Ocidente, e, mais especificamente no Brasil, de tradições, cultura e religião tão diferentes do Oriente. No que a muçulmana é diferente da mulher ocidental? Que valores éticos, morais, sociais e religiosos regem essas duas mulheres? Que padrões comportamentais fazem essas duas mulheres tão diferentes?
Há 1400 anos é sabido que a mulher é um ser responsável e não pode ser desrespeitada ou discriminada em razão de seu sexo. No ocidente, apesar dos avanços conseguidos pelos movimentos feministas, as conquistas alcançadas não representam sequer a terça parte do que o Islam já havia garantido. Sabemos que a mulher ainda é discriminada, o maior contingente de analfabetos está na população feminina, ela é vítima da violência, que começa em casa, recebe um salário menor para o exercício de funções que ela executa em igualdade de condições com o homem, etc.
Em 1995, portanto, na Quarta Conferência Mundial da Mulher, ocorrida em Pequim, os governos participantes reconheceram a péssima condição feminina e firmaram uma Declaração, onde entre outros tópicos, afirmavam o seguinte:
"Nós, os governos que participamos da Quarta Conferência Mundial da Mulher (…) estamos convencidos de que: (…) Os direitos da mulher são direitos humanos; (…) A igualdade de direitos, de oportunidades e de acesso aos recursos, à distribuição equitativa entre homens e mulheres das responsabilidades relativas à família … são indispensáveis ao seu bem-estar e ao de sua família, assim como para a consolidação da democracia. (…) A paz global, nacional e regional só pode ser alcançada com o progresso das mulheres, que são uma força fundamental de liderança, resolução de conflitos e promoção de uma paz duradoura em todos os níveis."
A diferença básica entre esses dois mundos, o oriental e o ocidental, é que o Islam, conforme revelado ao Profeta Muhammad(SAWS), está pronto, bastando ser seguido por todos. O Islam dignifica o ser humano, garante direitos. Sua mensagem, ainda que dirigida inicialmente aos árabes, é universal e se aplica a todos os homens e mulheres, em qualquer lugar e em qualquer tempo. As origens do Islam são as mesmas que as das religiões anteriores e Muhammad (SAWS), foi o último profeta de Deus. 

2.) A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO INÍCIO DO ISLAMISMO

    Na posição ocupada pela mulher nos tempos pré-islâmicos, vale lembrar que Khadija, primeira esposa de Muhammad(SAWS),uma rica viúva e independente, que administrava seus próprios negócios, foi quem fez o pedido de casamento ao Profeta.
   Khadija foi a primeira pessoa, do círculo mais próximo do Profeta, a acreditar que as revelações eram divinas e foi a primeira a se converter ao Islam.
Até morrer, esteve sempre ao lado de Muhammad(SAWS), suportou ao seu lado toda a sorte de incompreensões e perseguições de que foram vítimas os primeiros muçulmanos, passou necessidades físicas durante o embargo imposto pelos cidadãos de Mekka. Khadija foi a companheira de quem o Profeta jamais se esqueceu enquanto viveu.
Esse mundo árabe pré-islâmico era patriarcal, moldado pelo homem, e a mulher não passava de uma vítima constante da dor, do sofrimento, da solidão, da humilhação e da exploração física, emocional e sexual.
Foi então com a vinda do Islam, que a mulher passou a desfrutar de uma posição dignificada, sem qualquer traço de paternalismo ou exploração, um ser responsável, a quem são exigidos deveres, mas a quem também são assegurados direitos, em igualdade de condições com o homem. Homens e mulheres são criaturas de Deus, e o melhor entre eles é o mais justo, o mais piedoso, independentemente de sexo, raça, cor, posição social etc.
As pessoas se diferenciam no Islam pela fé, pela consciência de Deus e pela conduta reta. Assim, estabelece Deus no Alcorão:
Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado. (49:13)  
O novo modo de vida implantado a partir da vinda do Alcorão assegurou uma posição dignificada tanto para os homens como para as mulheres. As mulheres passaram a ser respeitadas e honradas. A "maldição" do sexo feminino, como herdeiro do "legado de Eva", portanto, a responsável por todas as desgraças desta vida, deixou de ter sentido. Homens e mulheres são iguais.
O que a mulher ocidental levou mais de 12 séculos para conseguir, enfrentando as mais duras resistências, o Islam já havia outorgado voluntariamente, tomando a iniciativa, sem submissão a necessidades sócio-econômicas, mas dentro do critério de justiça e verdade, características básicas do Islam.
Com o surgimento o Alcorão, assegurando à mulher, primeiro o direito à vida, depois o direito de opinião e expressão, à educação, ao conhecimento, ao testemunho, ao divórcio, à propriedade, à herança, há de se convir que isso significou uma revolução absoluta nos costumes, tradições e valores que perduravam naquela época e que perduram até os dias de hoje em algumas regiões do mundo.
Abu Huraira narrou, que o Profeta Muhammad (saws), disse: ''O crente mais íntegro é aquele que demonstra melhor caráter e de melhor moralidade. E o melhor dentre vós é aquele que melhor trata a sua mulher, e o que é melhor para com a sua mulher.''

3.) DIREITOS ASSEGURADOS À MULHER PELO ISLAM

No Islam, a mulher não é produto do diabo ou a semente do mal. No Islam, o homem não ocupa o lugar de senhor absoluto da mulher, tendo que se render ao seu domínio. No Islam só nos submetemos a Deus e só a Ele nos rendemos e prestamos contas. No Islam, ao contrário de outras crenças e sistemas religiosos, a mulher tem alma e é dotada de qualidades espirituais. O Islam não considera Eva a única responsável pelo pecado original de toda a humanidade e, por conseqüência, pelo sacrifício na cruz do filho de Deus para redimir a humanidade do pecado original.
O Alcorão esclarece que tanto Adão como Eva erraram, ambos foram tentados, ambos pecaram e ambos foram perdoados por Deus após o manifesto arrependimento.
A mulher é reconhecida no Islam como a parceira completa do homem e igual a ele na procriação da humanidade. Ele é o pai e ela é a mãe e ambos são essenciais para vida. O papel da mulher não é menos vital do que o do homem.
"Quanto aos muçulmanos e às muçulmanas, aos fiéis e às fiéis, aos consagrados e às consagradas, aos verazes e às verazes, aos perseverantes e às perseverantes, aos humildes e às humildes, aos caritativos e às caritativas, aos jejuadores e às jejuadoras, aos recatados e às recatadas, aos que se recordam muito de Deus e às que se recordam d'Ele, saibam que Deus lhes tem destinado a indulgência e uma magnífica recompensa." (33:35)
Nesta parceria as partes são iguais em cada aspecto, têm direitos e responsabilidades iguais e são dotadas das mesmas qualidades, seja homem ou mulher.
No Islam, a mulher se iguala ao homem ao ser responsável por seus atos. Ela possui uma personalidade independente, dotada de qualidades humanas e digna de aspirações espirituais. Sua natureza humana não é nem inferior nem superior à do homem. Homens e mulheres têm as mesmas obrigações e responsabilidades sociais, morais e religiosas.
Aqueles que praticarem o bem, sejam homens ou mulheres, e forem fiéis, entrarão no Paraíso e não serão defraudados, no mínimo que seja. (4:124)
No Islam, a mulher é independente economicamente, uma vez que ela pode ser proprietária, com direito a administrar seus bens e ninguém, pai, marido ou irmão, tem ingerência no trato de questões financeiras. 

4) Educação

A mulher se iguala ao homem na busca pelo conhecimento e educação. Quando o Islam elegeu os muçulmanos para a busca do conhecimento, ele não fez distinção entre os sexos. A educação não é somente um direito, mas uma responsabilidade de todos os homens e mulheres. Muhammad(SAWS), há 14 séculos atrás, foi muito claro ao afirmar que a busca do conhecimento é uma obrigação para todo o muçulmano, seja homem ou mulher.
O Islam entende que uma mulher não pode se instruir se não lhe é permitido falar. O Islam entende que uma mulher não pode crescer intelectualmente se ela é obrigada a um estado de completa submissão. O Islam entende que uma mulher não tem vida própria se sua única fonte de informação é o marido em casa.
Hadiths do Profeta Muhamad (SAWS), pode-se identificar este estímulo ao saber:
“A aquisição de conhecimento é dever de todo muçulmano e muçulmana”. 

5) Liberdade de expressão

 Por isso, no Islam ela tem direito à liberdade de expressão, tanto quanto o homem. Suas opiniões são levadas em consideração e não podem ser desrespeitadas sob a alegação de serem provenientes de uma mulher. Há diversos relatos a respeito da participação efetiva das mulheres, não só expressando sua opinião como também questionando e participando de discussões sérias com o Profeta. A propósito, o Alcorão tem a seguinte passagem:
Em verdade, Deus escutou a declaração daquela que discutia contigo, acerca do marido, e se queixava em oração a Deus. Deus ouviu vossa palestra, porque Ele é Oniouvinte.
Aqueles, dentre vós, que repudiam as suas mulheres através do zihar, saibam que elas não são suas mães. Estas são as que os geraram; certamente, com tal juramento, eles proferiram algo iníquo e falso; porém, Deus é Absolvedor, Indulgentíssimo. (58:1-2)
Este relato se refere Khawlah, esposa de Auss Ibn Assámet, que havia se divorciado dela, seguindo um costume idólatra, apesar de ele ser muçulmano. O expediente era conhecido como zihar e consistia em dizer para a esposa que a partir daquele momento ela era considerada sua mãe. Isto liberava o marido de qualquer responsabilidade conjugal sem dar, no entanto, liberdade para ela abandonar o lar ou contrair novo matrimônio. Tendo ouvido estas palavras de seu marido, a mulher foi ter com o Profeta, na esperança de que ele resolvesse o seu caso. O Profeta era de opinião que ela deveria ser paciente, desde que parecesse que não havia outro caminho. No entanto, ela continuou questionando Muhammad(saws),  quando veio a revelação que constitui os versículos acima. Portanto, como vemos, a mulher no Islam tem o direito de argumentar, mesmo que seja com o Profeta do Islam. Ninguém tem o direito de instruí-la a se calar.
Em primeiro lugar, deve ser esclarecido que o Islam entende que o papel da mulher na sociedade como mãe e esposa, é o mais sagrado de todos. Nenhuma babá ou empregada pode substituir a mãe no seu papel de educadora de uma criança.
“E dentre Seus sinais, está que Ele criou, para vós mulheres, de vós mesmos, para vos tranqüilizardes juntos dela se fez, entre vós, afeição e misericórdia. Por certo, há nisso sinais para um povo que reflete.”(30:21)
A regra geral na vida política e social é a participação e a colaboração de homens e mulheres nas questões públicas. O Islam não exige que a mulher fique confinada em sua casa até a morte. Em toda a história do Islam há relatos suficientes que comprovam a participação da muçulmana nas questões públicas, nas funções administrativas, na erudição e ensinamentos e mesmo nos campos de batalha, ao lado do Profeta.
 Não há no Alcorão, ou nas sunas do Profeta, qualquer texto que impeça a mulher de exercer qualquer posição de liderança, exceto na condução da prece e na liderança do estado.
“Jamais desmerecerei a obra de qualquer um de vós, seja homem ou mulher, porque procedeis uns dos outros…” (3:195) 

6) Direito de contratar



O Islam garante à mulher direitos iguais para contratar, para assumir empreendimentos, para ter ganhos e posses independentemente. Somente no século passado a Europa reconheceu o direito da mulher de contrair obrigações. No Islam, vida, propriedade, honra são tão sagrados para ela quanto para o homem. Se ela cometer qualquer falta sua pena não é maior ou menor do que para o homem, em casos semelhantes, estabelecida pela shariah islâmica. No Islam, a lei é igual para todos e não exime ninguém em razão de sua posição social.
Estes direitos não estão estabelecidos de uma forma apenas retórica. O Islam tomou medidas para salvaguardá-los e colocá-los em prática como artigos de fé, não tolerando assim, o preconceito contra a mulher ou a discriminação entre os sexos, reprovando todo aquele que considera a mulher inferior ao homem.
“Não ambicioneis aquilo com que Deus agraciou uns, mais do que aquilo com que (agraciou) outros, porque aos homens lhes corresponderá aquilo que ganharem assim, também as mulheres terão aquilo que ganharem. Rogai a Deus que vos conceda a Sua graça, porque Deus é Onisciente. (4: 32).”

7) Direito à Herança

    Além do reconhecimento da mulher como um ser independente, considerada como essencial para a sobrevivência da humanidade, o Islam deu à mulher o direito à herança. Antes do Islam, ela não só era privada desta participação como era considerada propriedade do homem.
   Seja ela esposa ou mãe, irmã ou filha, a mulher tem participação na herança, e esta participação depende do seu grau de relação com o morto e o número de herdeiros. Esta quota é dela e ninguém tem poder para negar-lhe esta participação, ainda que o morto quisesse deserdá-la. Qualquer um pode, legalmente, dispor de 1/3 dos seus bens, não afetando, assim, o direito de herdeiros, sejam homens ou mulheres.
"Às mulheres também corresponde uma parte do que tenham deixado os pais e parentes, quer seja pequena quer seja grande, uma quantia determinada" (4:7).
 A mulher muçulmana está protegida e segura do ponto de vista material. Se ela é esposa, o marido é o provedor. Se ela é mãe, cabe ao filho o encargo. Se ela é filha, o pai se responsabiliza por sua manutenção, se ela é irmã, o irmão, e assim por diante. Quando ela é sozinha, não tem ninguém, é evidente que não tem herança a ser recebida e ela passa a ser responsabilidade da sociedade como um todo, cabendo, portanto, ao Estado, prover seu sustento através de ajuda, arrumando trabalho para que ela ganhe seu próprio sustento. 

8) Privilégios

A mulher no Islam usufrui de certos privilégios. Durante o período menstrual ela está isenta das preces e do jejum. Ela está isenta, também, de todas as responsabilidades financeiras. Ela não precisa trabalhar ou dividir com o marido as despesas domésticas. Todos os bens de família que ela leva para o casamento são seus e o marido não tem qualquer direito sobre aqueles pertences. Em geral, a muçulmana tem garantido o sustento em todas as fases de sua vida, seja como filha, esposa, mãe ou irmã.
Ela também é livre para trabalhar, se assim o quiser, e participar com o seu trabalho das responsabilidades familiares. Não há no Alcorão ou na Suna qualquer texto que categoricamente proíba a muçulmana de procurar um emprego lícito. Inclusive, algumas podem ser forçadas a buscar emprego a fim de sobreviverem, principalmente em países onde inexistam medidas que assegurem a estabilidade financeira das viúvas ou divorciadas.
“Jamais desmerecerei a obra de qualquer um de vós, seja homem ou mulher, porque procedeis uns dos outros…” (3:195) 

9) O respeito as mulheres nas Mesquitas

O fato de a mulher ficar atrás do homem durante as orações não indica que ela seja inferior ao homem. Faz parte da disciplina da oração o muçulmano se colocar em fila, ombro a ombro com o seu irmão. As preces islâmicas envolvem atos, movimentos, posturas de prostração, genuflexões que ocasionam contatos corporais e toque involuntário na pessoa que está ao lado, diminuindo a concentração daquele que está em prece. Além do mais, seria inapropriado e desconfortável para uma mulher ficar em tal posição, prostra-se, inclinar-se e colocar a testa no chão, tendo atrás de si uma fileira de homens.
Assim, para evitar qualquer embaraço de ambas as partes, o Islam ordenou a organização de filas, homens na frente, e mulheres atrás.
O que deve ser ressaltado é que as proibições são dirigidas a ambos os sexos. O que o Islam proíbe para a mulher, também o faz para o homem. A modéstia é recomendada tanto para homens como para mulheres. A castidade até a realização do casamento é imperativo para homens e mulheres, igualmente.

10) O Sexo

Outra questão polêmica com relação ao Islam é a que se refere ao sexo. O Islam não nega, em hipótese alguma, a sexualidade do ser humano, antes pelo contrário. O Islam não advoga a supressão do anseio sexual através do celibato ou do monasticismo.
O homem é dotado por seu Criador de impulsos que o impelem às várias atividades que garantem a sua sobrevivência.


O principal objetivo do sexo é a própria espécie. O Islam reconhece que o ser humano é tomado por emoções inexplicáveis que o atraem irresistivelmente para o sexo oposto e, por isso mesmo, normativa as relações entre homens e mulheres.
O Islam reconhece a importância do instinto sexual, mas só admite a sua realização através do casamento lícito, proibindo rigorosamente o sexo fora do casamento e tudo aquilo que possa conduzir à sua prática de modo ilícito.
O Islam se baseia na crença na revelação divina. A sua lei e a sua moral estão baseadas nos mandamentos divinos. Dentro desse contexto, homens e mulheres devem obedecer a certas regras de comportamento e disciplina, a fim de evitar que o ilícito seja praticado.
O Islam tem imposto, recomendado e encorajado certos hábitos com o fim de reduzir as oportunidades para a prática do ilícito. Além disso, toma as precauções necessárias e possíveis, no tocante a sanções materiais, tais como, proibição da promiscuidade, dos encontros reservados entre pessoas do sexo oposto sem a presença de terceiros, etc. O adultério é proibido tanto para homens como para as mulheres.
Em suma, a forma como Islam encara o sexo é uma linha muito estreita entre dois extremos. O primeiro é desqualificá-lo ao ponto de sua total abstenção, através do celibato ou monasticismo, negando a própria natureza humana, e o segundo é achar que é muito natural fazer sexo com quem quer que seja, em qualquer lugar, sempre que se quiser.
Enquanto no ocidente a sensualidade, o amor entre um homem e uma mulher, atributos humanos concedidos por Deus, são reduzidos à sua condição mais baixa e se transformam em libertinagem, pornografia, o Islam não aceita, em hipótese nenhuma, a superexposição do sexo, o sexo pelo sexo, com qualquer um, em qualquer lugar

11) Casamento:

O casamento no Islam é uma bênção santificada, que não deve ser quebrado, exceto por razões relevantes. Os casais são instruídos a procurar salvar a instituição do casamento, por todos os meios possíveis. O divórcio não é comum, a não ser que não haja outra solução. Em outras palavras, o Islam reconhece o divórcio, mas não o encoraja. O Islam dá à mulher muçulmana o direito de pedir o divórcio, pois reconhece que ela não pode ser refém de um mau marido.
''Acercar-vos de vossas mulheres, porque elas são vossas vestimentas e vós o sois delas.'' (2:187)